Meu poema favorito, que recito de duas maneiras: frio (na leitura) para quem ouve construir as suas emoções, e quente, onde eu vivo as emoções do momento do poeta. É uma questão de gosto e subjetividades. Gosto de respeitar as duas opiniões. Só não recito MORNO, PORQUE VOMITO...
Guilherme de Almeida foi um dos maiores expoentes da literatura brasileira, sendo considerado um precursor da escola modernista. Faleceu em 1969
CIÚME
“Minha melhor lembrança é aquele instante no qual
Pela primeira vez, me entrou pela retina
Tua silhueta, provocante e fina
Como um punhal
Depois, passaste a ser unicamente aquela
Que a gente se habitua a achar apenas bela
E que é quase banal.
E agora que te tenho em minhas mãos e sei
Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos
E os teus sentidos são cinco brinquedos
Com que brinquei
Agora que não mais me és inédita; agora
Que eu compreendo que, tal como te vira outrora
Nunca mais te verei
Agora que de ti, por muito que me dês
Já não podes dar a impressão que me deste
A primeira impressão, que me fizeste
Louco talvez
Tenho ciúme de quem não te conhece ainda
E cedo ou tarde te verá, pálida e linda
Pela primeira vez.”
Guilherme de Almeida foi um dos maiores expoentes da literatura brasileira, sendo considerado um precursor da escola modernista. Faleceu em 1969
CIÚME
“Minha melhor lembrança é aquele instante no qual
Pela primeira vez, me entrou pela retina
Tua silhueta, provocante e fina
Como um punhal
Depois, passaste a ser unicamente aquela
Que a gente se habitua a achar apenas bela
E que é quase banal.
E agora que te tenho em minhas mãos e sei
Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos
E os teus sentidos são cinco brinquedos
Com que brinquei
Agora que não mais me és inédita; agora
Que eu compreendo que, tal como te vira outrora
Nunca mais te verei
Agora que de ti, por muito que me dês
Já não podes dar a impressão que me deste
A primeira impressão, que me fizeste
Louco talvez
Tenho ciúme de quem não te conhece ainda
E cedo ou tarde te verá, pálida e linda
Pela primeira vez.”
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