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Mostrando postagens de setembro, 2011

Música como manifesto

A arte de escutar

"A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas." Dalai Lama. Um dia desses fui para as ruas escutar as conversas dos outros, em lugares públicos, é claro,  de forma gratuita e sem espichar o ouvido para ser indiscreto. Meu objetivo exclusivo  era, e é, de admirar a maravilha de escutar. Em lugares públicos, onde as pessoas falam abobrinhas, e coisas do cotidiano para passar o tempo, há uma distração ouvir o papo dos outros, especialmente  para aqueles, que como eu, gosta mais de ouvir que falar. Enquanto esperamos o ônibus no ponto ou, dentro dele, enquanto não chega ao ponto final, ficamos atualizados das fofocas, notícias e das tragédias tão valorizadas pela mídia. Raramente alguém fala de música, poesia,   pintura, escultura e das outras artes não citadas. Nas conversas e

O Fantasma da Ópera - Londres

No more talk of darkness, forget these wide-eyed fears; I'm here, nothing can harm you, my words will warm and calm you. Let me be your freedom, let daylight dry your tears; I'm here, with you, beside you, to guard you and to guide you. Christine Say you'll love me ev'ry waking moment; turn my head with talk of summertime. Say you need me with you now and always; promise me that all you say is true, that's all I ask of you. Raoul Let me be your shelter, let me be your light; you're safe, no one will find you, your fears are far behind you. Christine All I want is freedom, a world with no more night; and you, always beside me, to hold me and to hide me. Raoul Then say you'll share with me one love, one lifetime; let me lead you from you solitude. Say you need me with you, here beside you, anywhere you go, let me go too, that's all I ask of you. Christine Say you'll share with me one love, one lifetime. Say the word and I w

Poema de Fernando Pessoa

Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não o fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. O sol doira Sem literatura. O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como tem tempo não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quanto há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. O mais que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca...

Contador de histórias na FGV - MBA

 D urante defesa de trabalho final de uma turma de mestrandos em MBA, da FGV, contei duas histórias que serviram de “gancho” simbólico para uma defesa científica. “A árvore dos sapatos”, de Mia Couto e “O Bem mais Precioso”, conto popular de autoria desconhecida. Contar histórias é uma arte milenar, tem um poder de preparar o público para ouvir. Ministro cursos de Dicção, Oratória e Desinibição. Agora estou pensando num novo curso: “Escutatória”! Penso que falamos muito e escutamos pouco. Aprendi que quando há silêncio, ouvimos a música do universo.   Silêncio também é música.

Lua crescente numa visão de criança

Alguém mexeu na lua? Desde os tempos de criança que gosto de procurar a lua no céu noturno. A noite assume a sua negritude na lua nova, pensava assim como um garoto, que as luzes se escondem ou se distribuem nas estrelas. Na noite de lua nova a abóboda celeste é linda e visível com seus astros cintilantes. Acontece que fui olhar a lua na noite de ontem e notei que o “C” que define a fase da lua crescente estava com rotação de 90 graus à esquerda. Fiz uma cacofonia e disse. O “C” deitou e agora parece uma bacia. A lua crescente, em forma da letra ”C”, era a minha referência infantil para dizer que era noite de lua crescente. A lua crescente, com o planeta Venus alinhado com a abertura do “C”, é um símbolo universal dos muçulmanos, está até na bandeira da Turquia. Lembrei do hábito de criança, sem querer me apoiar na ciência da astronomia que explica tudo sobre o movimento dos astros e lancei a pergunta aos céus: - Quem mexeu na lua?

Assiti um bravo recital no Palácio Cruz & Sousa. Violão e voz!