No dia nacional do livro, 29 de outubro, olhei para a minha pequena estante de livros e dois chamaram a minha atenção: um, de autoria de Rubem Alves e outro de Friedrich Nietzsche.
Sem considerar que me encontrava bem ocupado na leitura de um livro sobre Roteiros, MANUAL DO ROTEIRO, de Syd Field, Mas no dia nacional do livro, resolvi folhear algumas páginas das obras citadas.
No livro do educador e contador de histórias Rubem Alves, OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA, o autor escreve: ” Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma”.
O tema já ocuparia o restante do sábado para jogar conversa fora na academia e em rodas de amigos se eu não tivesse também lido o prólogo do livro ALÉM DO BEM E DO MAL, do famoso filósofo alemão Friedrich Nietzsche. E o que chamou a minha atenção foi à frase reflexiva, a primeira frase do prólogo do livro: “Supondo que a verdade seja uma mulher.” Nietzsche propõe que se pense a verdade como se ela fosse uma mulher e os filósofos dogmáticos como homens incapazes de conquistá-la. Pensei na universalidade do tema diante das dificuldades do amor. Elas dizem “homem é tudo igual” e nós homens jamais entenderemos uma razão feminina. Os gêneros se completam.
Já no livro MANUAL DO ROTEIRO, do roteirista americano Syd Field que estou relendo inteiramente para escrever um roteiro que devo apresentar na UDESC, no curso de Edição de Vídeo, o autor expõe de forma simples os segredos de um bom roteiro de cinema. No livro o autor faz considerações conectivas entre livro (romance), teatro e cinema.
Algumas frases que garimpei na obra do cineasta e escritor:
“Num romance a ação acontece dentro do universo mental da ação dramática.
Numa peça de teatro, a ação, ou enredo. Acontece no palco, sob o arco do proscênio, e a platéia torna-se a quarta parede. Nesse caso, a ação da peça ocorre na linguagem da ação dramática: que é falada em palavras.
O filme é um meio visual que dramatiza um enredo básico; lida com fotografias, imagens, fragmentos e pedaços de filme.
Se o roteiro é uma história contada em imagens, então o que todas as histórias têm em comum? Um início, meio e fim, ainda que nem sempre nessa ordem.
Aristóteles definiu as três unidades da ação dramática: tempo, espaço e ação. Syd Field se utiliza da divisão da hsitória que conta em 3 partes: ATO I, Ato II e ATO III.
No ATO I o roteirista deve apresentar a história, os personagens e a premissa dramática.
ATO II ou Confrontação. Uma série de obstáculos que o protagonista deve vencer para alcançar ou não a necessidade dramática.
ATO III ou Resolução. Resolução não significa fim, mas solução.
Entre os atos existem os pontos de viradas (plot point) que pode ser qualquer incidente, episódio ou evento que engancha na ação e reverte noutra direção - nesse caso o início do próximo ATO.”
Por enquanto fico por aqui, FELIZ DIA NACIONAL DO LIVRO. Só na vida não há roteiros...
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