Depois de ver duas capas de revistas, logo pensei em escrever uma história, usando o tema “umbigo”.
Numa das publicações sobre moda feminina, “O umbigo da modelo 'escorregou' para o lado”, noutra, o umbigo desapareceu, graças ao Photoshop, editor de imagens que corta, recorta, copia e cola.
Para escrever a minha história, só faltava o personagem, que gosto de tirar do cotidiano para criar meus contos. E, conversando com pessoas, ele, o personagem apareceu. Não o conheço, mas pelas ações comportamentais, me inspirei. É o Seu Barriga.
Era uma vez... Um homem chamado Seu Barriga, que tinha a obstinação de olhar o umbigo dos outros, fazer comentários, ilações equivocadas. Coitado, ele se achava o máximo.
Seu Barriga apesar de meia idade tinha uma barriga carente. Não de alimentos, mas de carinhos.
Para compensar ele alisava a própria barriga, prazerosamente, enquanto olhava os detalhes do umbigo dos outros.
Ele não sabia que ninguém o suportava em razão dos seus julgamentos apenas baseados nas olhadas umbilicais que dava nas pessoas.
Seu Barriga se achava auto-suficiente. Sim, ele se achava!
Quando estava na praia, qualquer reflexão sobre os outros eram estimuladas pelas massagens que fazia no abdome.
Quando estava com roupas, colocava a mão entre as aberturas das camisas e casacos, a moda Napoleão para, é claro, massagear seu Ego.
Um dia, de tanto olhar o umbigo de um homem, distraído, pisou em falso e caiu. Foi quando percebeu que, deitado ou de pé, não conseguia olhar para o seu próprio umbigo.
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