Conheci Mário de Miranda Quintana em Porto Alegre. Duvido que algum portoalegrense não o tenha conhecido quando ele morava no Hotel Majestic, no centro de Porto Alegre e que depois se transformou na Casa de Cultura Mário Quintana. Ele caminhava pelas ruas da cidade, era frequentador das Feiras de Livros.
Cidades culturais valorizam seus poetas, caso de Florianópolis com Zininho.
Cidades culturais valorizam seus poetas, caso de Florianópolis com Zininho.
Mário Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Nasceu em Alegrete na noite de 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994.
Para começar a semana, algumas frases do poeta, (haikaizinhos) (?)
" Diálogo Bobo
- Abandonou-te?
- Pior ainda: esqueceu-me..."
- Pior ainda: esqueceu-me..."
"Linha Curva
O caminho mais agradável entre dois pontos."
O caminho mais agradável entre dois pontos."
"Do Estilo
O estilo é uma dificuldade de expressão."
O estilo é uma dificuldade de expressão."
"Dores de amor
Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
"Problemas
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
"Sonhos
Sonhar é acordar-se para dentro."
"Amizade
A amizade é um amor que nunca morre."
Sobre a Cidade, ele fez o seguinte poema:
O MAPA
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Mario Quintana - Apontamentos de História Sobrenatural
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