O enterro de Michael Jackson, falecido em 25 de junho de 2009, poderia ter acontecido no cemitério Forest Lawn, onde ocorreu o velório, com caixão lacrado e diante da presença da família, cerimônia assistida por milhões de fãs em muitos lugares do mundo. Mas o sepultamento não aconteceu.
Logo após as formalidades, o enterro foi marcado para 29 de agosto e depois adiado para 3 de setembro, segundo representante oficial da família.
Antigamente não existia burocracia que atrasasse um enterro. Dependendo da causa da morte, o sepultamento era até antecipado. Não havia tempo para esperar, em condições normais de temperatura e pressão.
Lembrei-me de um Simpósio de Teologia que participei na PUC-RS, cujo tema era tanatologia, termo de origem grega para designar a morte.
Um dos palestrantes, médico e professor daquela universidade, contou uma experiência interessante.
Um de seus pacientes, em fase terminal, pediu para ir para casa. Disse “Quero morrer em casa”
Depois de alguns dias, o médico foi chamado na residência do paciente.
Quando o doutor chegou ao apartamento da família e atestou a morte de seu paciente, fez as formalidades legais, emitindo um atestado de óbito, orientando a família entrar em contato com uma funerária.
A história não termina aí.
Quando a funerária chegou, o médico, que estava prestando solidariedade à família, quis acompanhar a retirada do corpo.
Para a sua surpresa, dois enfermeiros chegaram numa ambulância, pegaram uma cadeira de rodas e colocaram o corpo “sentado” na cadeira.
O médico não entendendo, disse: “Ele está morto!” podem colocar numa maca e com um lençol por cima.
Ouviu como resposta de um dos enfermeiros: “Sabemos Senhor, mas se algum morador do prédio presenciar a cena da retirada de um morto, aqui do prédio, o imóvel fica com energia negativa e perde seu valor de mercado".
Nunca a morte foi tão escondida, maquiada e desfamiliarizada como no contexto atual.
Os cadáveres são maquiados, preparados com recursos cosméticos que transformam a face da morte em rostos saudáveis e corados.
Os cerimoniais de despedida deixaram de ser realizados em casa e passaram para as Capelas Mortuárias que podem, dependendo dos recursos da família, ter transmissão pela internet.
Ninguém sabe o dia, e nem a hora, mas é certo que chegarão.
Logo após as formalidades, o enterro foi marcado para 29 de agosto e depois adiado para 3 de setembro, segundo representante oficial da família.
Antigamente não existia burocracia que atrasasse um enterro. Dependendo da causa da morte, o sepultamento era até antecipado. Não havia tempo para esperar, em condições normais de temperatura e pressão.
Lembrei-me de um Simpósio de Teologia que participei na PUC-RS, cujo tema era tanatologia, termo de origem grega para designar a morte.
Um dos palestrantes, médico e professor daquela universidade, contou uma experiência interessante.
Um de seus pacientes, em fase terminal, pediu para ir para casa. Disse “Quero morrer em casa”
Depois de alguns dias, o médico foi chamado na residência do paciente.
Quando o doutor chegou ao apartamento da família e atestou a morte de seu paciente, fez as formalidades legais, emitindo um atestado de óbito, orientando a família entrar em contato com uma funerária.
A história não termina aí.
Quando a funerária chegou, o médico, que estava prestando solidariedade à família, quis acompanhar a retirada do corpo.
Para a sua surpresa, dois enfermeiros chegaram numa ambulância, pegaram uma cadeira de rodas e colocaram o corpo “sentado” na cadeira.
O médico não entendendo, disse: “Ele está morto!” podem colocar numa maca e com um lençol por cima.
Ouviu como resposta de um dos enfermeiros: “Sabemos Senhor, mas se algum morador do prédio presenciar a cena da retirada de um morto, aqui do prédio, o imóvel fica com energia negativa e perde seu valor de mercado".
Nunca a morte foi tão escondida, maquiada e desfamiliarizada como no contexto atual.
Os cadáveres são maquiados, preparados com recursos cosméticos que transformam a face da morte em rostos saudáveis e corados.
Os cerimoniais de despedida deixaram de ser realizados em casa e passaram para as Capelas Mortuárias que podem, dependendo dos recursos da família, ter transmissão pela internet.
Ninguém sabe o dia, e nem a hora, mas é certo que chegarão.
A morte é a única verdade e certeza para os seres vivos.
E Michael, o quê diria se pudesse decidir?
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