Era uma vez... Numa olaria, que era tocado por um burrico.
Diariamente o oleiro fabricava estátuas de santos para vender na feirinha da praça, aos finais de semana.
Diariamente o oleiro fabricava estátuas de santos para vender na feirinha da praça, aos finais de semana.
A mercadoria era rotineiramente entregue a um transportador que
levava o material até o local da feira.
Num certo dia, o transportador não apareceu e o oleiro, muito preocupado
em bem atender seus fregueses e entregar as encomendas, resolveu transportar as
estátuas no lombo do burrico.
Lá se foram o burrico e o oleiro pelas ruas, seguindo em direção da
feira de artesanatos.
O burrico “pensou “ - eu estava cansado de tocar o oleiro e sempre
andar em volta do mesmo ponto. Finalmente estou passeando. Olhava alegre
para todos os lados.
Durante o trajeto, o burrico observou pessoas que faziam
reverências a ele. Algumas até faziam o “sinal da cruz”.
O burrico ficou cheio de orgulho, ensaiou poses para fotografia e se
achou o tal.
Ao chegarem à feira, descarregaram as estátuas e o oleiro voltou com o
burrico para a olaria.
O burrico pensou, mas falou em voz baixa:
- Legal! Estamos fazendo o caminho de volta e as pessoas vão
novamente notar a minha presença.
Mas, não foi bem assim. Ninguém mais olhou para o
burrico, que indignado, parou, empacado na esquina, para chamar a atenção e ver
se alguém o notava. E, só depois de algumas chibatadas que o burrico recomeçou
a andar...
Moral da história: É bom lembrar que quando
ocupamos cargos, usamos insígnias e títulos, todos são temporários, como a
vida...
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