Era uma vez um pai coruja e um gavião. Os dois predadores chegaram a um acordo, um tratado de paz, fortalecendo os dois grupos, sobretudo preservando seus indefesos filhotes.
Bem intencionado, o gavião quis saber como eram os filhos da coruja. Meus filhos, explicou a coruja, são lindos, engraçados, são primores da natureza. O gavião tomou nota, preocupado em cumprir o acordo firmado. Dias depois, em sua caçada, encontrou um ninho e nele dois filhotes horríveis, mal feitos, tristonhos, mas saborosos... Eram os filhos do pai coruja.
Ao constatar a tragédia, a coruja protestou contra a má fé do aliado. Não pode ser, tentou justificar o gavião, apenas devorei dois pequenos monstrinhos, as criaturas mais feias que eu já vi...
Amar os filhos é o primeiro dever dos pais. Mas, esse amor, precisa levar em conta a realidade em que vivemos.
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