Um casal de amigos estava no meio de uma verdadeira tempestade, com raios e curto-circuitos no relacionamento. Bota crise nisso! E eram recém casados! Briga por nada!
Macaco velho sabe que não deve meter a mão em cumbuca. E, em briga de homem e mulher, não se deve meter a colher. Mesmo assim, arrisquei me meter, em nome da amizade e do amor fraterno.
Primeiro ouvi um, e depois o outro. Ambos disseram que se amavam mas que não conseguiam mais dialogar. Que falavam ao mesmo tempo e que ninguém ouvia ninguém.
Foi quando me lembrei de um clássico problema que sempre me aparecia quando eu trabalhava na implantação de sistemas de transmissão de dados, há alguns anos.
Quando a gente interligava uma máquina (computador) com outra, por cabos de conexão física, ou por meio de transmissão sem fio (rádio), a maior dificuldade era fazer com que as máquinas “conversássem”, na linguagem delas, é claro (bits e bytes).
No silêncio, conferíamos a linguagem (protocolo de comunicação) e depois era programado que uma das máquinas enviasse “ping” para a outra.
Ping é um comando que usa o protocolo ICMP( "Packet Internet Grouper (Groper)", algo como "Procurador de Pacotes da Internet") para testar a conectividade entre equipamentos. Seu funcionamento consiste no envio de pacotes para o equipamento de destino e na "escuta" das respostas.
Se o equipamento de destino estiver ativo, uma "resposta" (o "pong", uma analogia ao famoso jogo de ping-pong) é devolvida ao computador solicitante.
É algo simples, bem bolado.
Pensei ser uma oportunidade de aprender com as máquinas e testar como uma forma simples talvez funcione com pessoas.
Penso que sim. Se mandarmos um “sorriso-ping” talvez volte um “sorriso-pong”.
Se mandarmos uma mensagem de “amor-ping”, quem sabe volta um “beijo- pong”, ou outra forma codificada de afeto, com seus trejeitos secretos que só o casal entende?
Só precisamos parar de falar e escutar.
Mas, e quando as conexões estão interrompidas, e um não quer escutar o outro?
Nas máquinas, a ciência da computação sabe as respostas, mas nas relações humanas? Como restabelecer o diálogo tão precioso?
A sabedoria consiste em saber esperar o tempo que a resposta leva para chegar. Não atropelar e nem ficar repetindo a palavra enviada. Saber esperar. Ouvir, depois de falar!
No meu livro “Aprendendo com os animais” solicitei ao ilustrador que colocasse uma figura que representa o conflito no diálogo.

Macaco velho sabe que não deve meter a mão em cumbuca. E, em briga de homem e mulher, não se deve meter a colher. Mesmo assim, arrisquei me meter, em nome da amizade e do amor fraterno.
Primeiro ouvi um, e depois o outro. Ambos disseram que se amavam mas que não conseguiam mais dialogar. Que falavam ao mesmo tempo e que ninguém ouvia ninguém.
Foi quando me lembrei de um clássico problema que sempre me aparecia quando eu trabalhava na implantação de sistemas de transmissão de dados, há alguns anos.
Quando a gente interligava uma máquina (computador) com outra, por cabos de conexão física, ou por meio de transmissão sem fio (rádio), a maior dificuldade era fazer com que as máquinas “conversássem”, na linguagem delas, é claro (bits e bytes).
No silêncio, conferíamos a linguagem (protocolo de comunicação) e depois era programado que uma das máquinas enviasse “ping” para a outra.
Ping é um comando que usa o protocolo ICMP( "Packet Internet Grouper (Groper)", algo como "Procurador de Pacotes da Internet") para testar a conectividade entre equipamentos. Seu funcionamento consiste no envio de pacotes para o equipamento de destino e na "escuta" das respostas.
Se o equipamento de destino estiver ativo, uma "resposta" (o "pong", uma analogia ao famoso jogo de ping-pong) é devolvida ao computador solicitante.
É algo simples, bem bolado.
Pensei ser uma oportunidade de aprender com as máquinas e testar como uma forma simples talvez funcione com pessoas.
Penso que sim. Se mandarmos um “sorriso-ping” talvez volte um “sorriso-pong”.
Se mandarmos uma mensagem de “amor-ping”, quem sabe volta um “beijo- pong”, ou outra forma codificada de afeto, com seus trejeitos secretos que só o casal entende?
Só precisamos parar de falar e escutar.
Mas, e quando as conexões estão interrompidas, e um não quer escutar o outro?
Nas máquinas, a ciência da computação sabe as respostas, mas nas relações humanas? Como restabelecer o diálogo tão precioso?
A sabedoria consiste em saber esperar o tempo que a resposta leva para chegar. Não atropelar e nem ficar repetindo a palavra enviada. Saber esperar. Ouvir, depois de falar!
No meu livro “Aprendendo com os animais” solicitei ao ilustrador que colocasse uma figura que representa o conflito no diálogo.

Um homem e uma mulher discutem.
A – Diz isto.
B – Diz aquilo.
A – Responde isto.
B – Reforça aquilo.
A partir daí, se estabelece uma rotina que terminará num surto!
Em situação de surto, qualquer tentativa de corrigir, educar ou dar lição de moral terá sido em vão.

Uma analogia com alguns cães que deixam o osso saboroso do amor de lado e ficam gastando energia correndo atrás de algo inatingível...
A linguagem mais adequada é a linguagem dos sentimentos, dos gestos abertos e propositivos de entendimento, sem blá, blá, blá...
Em caso de surto, o mais prudente é acalmar os ânimos. E lembrar que o silêncio é o ponto de partida para recomeçar um novo e saudável diálogo.
B – Diz aquilo.
A – Responde isto.
B – Reforça aquilo.
A partir daí, se estabelece uma rotina que terminará num surto!
Em situação de surto, qualquer tentativa de corrigir, educar ou dar lição de moral terá sido em vão.

Uma analogia com alguns cães que deixam o osso saboroso do amor de lado e ficam gastando energia correndo atrás de algo inatingível...
A linguagem mais adequada é a linguagem dos sentimentos, dos gestos abertos e propositivos de entendimento, sem blá, blá, blá...
Em caso de surto, o mais prudente é acalmar os ânimos. E lembrar que o silêncio é o ponto de partida para recomeçar um novo e saudável diálogo.
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