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Mostrando postagens de 2016

O MEDO DA SEMENTINHA - Rubem Alves

                         Vou contar a história de uma sementinha. Sua mãe era uma palmeira enorme, forte, de galhos compridos que entravam pelo céu. Um dia, quando estava ferrada no sono, uma coisa estranha aconteceu. Créec! Um barulho, coisa que ela nunca ouvira antes. De repente ela viu uma coisa que nunca havia visto antes. Seu mundinho fechado e escuro, a barriga da sua mãe, se abriu. Começou a entrar uma luz. Chegara a hora de nascer. Ela ouviu uma voz suave e amiga: Sementinha! Sementinha! Não precisa ter medo. Sou eu, sua mãe... Ela olhou para fora e viu aquela árvore enorme sorrindo para ela. - Nada de ruim vai acontecer, sementinha. O mundo aqui fora é mais gostoso que o mundo aí dentro. Olhe, vou apresentá- lá aos seus amigos. Mamãe árvore balançou suas folhas, chamando, e veio o vento, e passaram as nuvens, e o sol brilhou... Também a mãe de todos, a terra, que nos dá vida... E a sementinha olhou para aquela terra maravilhosa, que se p
PARA ONDE VAI O AMOR QUE SE PERDE? Um ano antes de sua morte, Franz Kafka viveu uma experiência singular. Passeando pelo parque de Steglitz, em Berlim, encontr ... ou uma menina chorando porque havia perdido sua boneca. Kafka ofereceu ajuda para encontrar a boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar. Não tendo encontrado a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram. A carta dizia : “Por favor, não chore por mim, parti numa viagem para ver o mundo. ”. Durante três semanas, Kafka entregou pontualmente à menina outras cartas , que narravam as peripécias da boneca em todos os cantos do mundo : Londres, Paris, Madagascar… Tudo para que a menina esquecesse a grande tristeza! Esta história foi contada para alguns jornais e inspirou um livro de Jordi Sierra i Fabra ( Kafka e a Boneca Viajante ) onde o escritor imagina como como teriam sido as conversas e o conteúdo das cartas de Kafka.

Campanha "Vote Consciente" deve começar com autocrítica do eleitor

Palido Ponto Azul Completo (Legendado)

Somos Bem Santa Catarina

Compaixão, emoção e a natureza humana sob a visão de Da...

"Navegar é preciso, viver não é preciso"

(Foto Praia de Jurerê - Florianópolis - Santa Catarina) "Navegar é preciso, viver não é preciso" *,  frase atribuída a  Pompeu, general romano, que animava seus marinheiros quando se negavam a navegar durante a guerra. A frase em latim soava assim:   "Navigare necesse; vivere non  est necesse" . Do livro   "Vida de Pompeu" , do escritor romano Plutarco (106-48 AC). A navegação é uma ciência exata, em comparação com a vida, que sabemos onde começa mas jamais onde termina!  Se o navegador é prisioneiro dos instrumentos, ou seja, só enxerga seu destino a partir destes, o poeta é livre. O navegador faz uso de instrumentos precisos para se localizar e dar rumo ao seu curso. Já a arte de viver, em todos os sentidos para homens e mulheres, traz a possibilidade metafórica de um deslizamento incessante sobre a cadeia significante das escolhas e que também dependem dos companheiros de viagem. * Esta frase não é de Fernando Pessoa (1888-1935). Ele

Astrônomo Adolfo Stotz Neto na Rádio Cultura AM 1110 kHz, de Florianópolis - SC

A felicidade verdadeira