O esforço é grande e o homem é pequeno. Eu, Diogo Cão, navegador, deixei Este padrão ao pé do areal moreno E para deante naveguei. A alma é divina e a obra é imperfeita. Este padrão signala ao vento e aos céus Que, da obra ousada, é minha a parte feita: O por-fazer é só com Deus. E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quinas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é portuguez. E a cruz ao alto diz que o que me ha na alma E faz a febre em mim de navegar Só encontrará de Deus na eterna calma O porto sempre por achar.
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